2016-05-03 18:02:00
O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI/MS), Lindomar Ferreira, se reuniu na tarde desta segunda-feira (2) com técnicos do Ministério da Saúde de Brasília para fazer um levantamento dos contratos e analisar as demandas da saúde em Mato Grosso do Sul. Durante a inspeção foi constatado que apenas 35 de um total de 208 viaturas estão em condições de atender as aldeias de todo o Estado, menos de 20% da frota total.
De acordo com Lindomar Ferreira, o próximo passo é identificar as irregularidades no setor para que toda a comunidade indígena volte a receber o atendimento necessário.
"Esses dados confirmam o número de denúncias feitas pela comunidade e o descaso das gestões anteriores com a saúde indígena do estado. É inadmissível ter o estado com a segunda maior população do Brasil com o menor orçamento. O nosso objetivo a partir de agora trabalhar para que todos os indígenas de Mato Grosso do Sul tenham um atendimento digno", afirma.
Em menos de um mês ocupando o cargo de coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI/MS), Lindomar Ferreira, visitou diversas aldeias do estado para ouvir as reivindicações dos caciques e da comunidade indígena para tentar resolver o problemas da saúde e o atendimento dentro das aldeias.
Em março desse ano, o Dourados News mostrou um protesto realizado por dezenas de indígenas e profissionais da área da saúde que atendem as demandas nas aldeias regionais. Na época eles se aglomeraram em frente a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) de Dourados e cobraram a solução devido a pouca quantidade de viaturas que tem sido disponibilizadas para atendimentos nas aldeias.
Na época, apenas três, de um total de 15 disponibilizada ao órgão, estava funcionando.
De acordo com a Sesai, a situação chegou a esse ponto por conta dos veículos, que são antigos, terem sofrido danos ao percorrerem as estradas que estão precárias por conta das constantes chuvas registradas no início de 2016. A previsão era de que mais duas viaturas seriam liberadas e que as outras receberiam reparos conforme possibilidade orçamentária.