2006-12-12 06:30:00
**Começou no domingo o Mundial de Clubes com um jogo que não justificou a perda de nenhum minutinho de sono: Auckland City, da Nova Zelândia, contra Al Ahly, do Egito. O Al Ahly venceu por 2×0 e disputará com o Internacional, quarta-feira, uma das vagas na final que será jogada, contra o vencedoir de Barcelona e América do México, no próximo domingo. A maioria dos comentaristas que ouvi, não gostaram de nenhuma das equipes. Assisti o jogo e o Al Ahly até me impressionou um pouco, talvez mais pela ruindade do adversário. Mas não deve assustar o Inter. Inter e Barcelona são evidentemente os grandes favoritos para fazer a final deste terceiro Mundial de Clubes promovido pela Fifa. Os gaúchos podem conquistar o tri para o futebol brasileiro, campeão no Rio em 2000, com o Corinthians, e em Yokohama no ano passado, com o São Paulo. Não será fácil, segundo os observadores e palpiteiros que em todo o mundo atribuem favoritismo quase absoluto ao Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, mas os colorados apostam no forte poder de marcação do time e rezam para que o garoto Alexandre Pato aconteça de vez no Japão. O título mundial de clubes é disputado desde 1960, com interrupção apenas em 1975 e 78 e uma dupla competição no ano 2000. Até 1979, disputavam o título os campeões da Europa e da América do Sul em dois jogos, um em cada continente. Era a Copa Intercontinental
Em 1980, o título passou a ser disputado no Japão, em jogo único, como Copa Toyota.
O Mundial da Fifa, que começou em 2000 e virou anual a partir de 2005, reúne as equipes campeãs de cada continente. A América do Sul ganhou 24 das 45 disputas pelo mais cobiçado título do futebol de clubes em todo o mundo e tem 14 campeões. A Europa, com 21 conquistas, tem 12 times campeões.
Inter e Barça nunca ganharam o título. Nem os outros quatro times deste Mundial, é claro. Ninguém acredita que o caneco saia da América do Sul ou da Europa.
**Na minha opinião, a equipe que fez a melhor contratação para 2007 até agora foi o Palmeiras, mas reconheça-se a coragem do técnico Caio Júnior ao trocar o Paraná, que graças a ele vai disputar a Libertadores, pelo Verdão, que jogou um futebol bisonho nesta temporada e quase vai para a Segundona novamente. A coragem pode custar caro ao jovem treinador. O Palmeiras terá eleições em janeiro e não se pode ter certeza de que os seus contratantes continuarão no Parque Antártica.
O risco da mudança não é único. Em 2006, antes da contratação de Caio Junior, o Palmeiras foi treinado por Emerson Leão, Marcelo Vilar, Tite, novamente Marcelo Vilar, Jair Picerni.
**O São Paulo parece que não quer deitar-se sobre os louros do título brasileiro de 2006 e já está se mexendo. Havia contratado o excelente lateral Jadilson e nessa semana confirmou a vinda do não menos ótimo Hugo que defendeu o Grêmio no último campeonato. Corre atrás do Dagoberto do Atlético Paranaense e fala-se no Nilmar, sem contar a grande possibilidade de contratar o volante Andrade do Vasco. Já o Corinthians contratou um punhado de desconhecidos, a começar pelo boliviano Arce que não acertou nem na Portuguesa. O Santos também está perdendo alguns jogadores e por enquanto não trouxe ninguém de nome.
