2007-12-31 19:37:00
Depois de ficar de fora da São Silvestre do ano passado, Robert Cheruiyot voltou a competir nas ruas paulistanas em grande estilo. O queniano, que já havia vencido a prova em 2002 e 2004, chegou ao tricampeonato. No feminino, a sua compatriota, Alice Timbilili, 24 anos, apontada como principal favorita, também vence.
A vitória de hoje coloca Cheruiyot na galeria de maiores vencedores da São Silvestre. Com três triunfos, ele só está atrás do também queniano Paul Tergat (cinco títulos), do equatoriano Rolando Vera, do belga Gaston Roelants e do colombiano Victor Mora (quatro sucessos).
Neste ano, Cheruiyot já havia conquistado o tricampeonato da Maratona de Boston e, de quebra, levado um prêmio de US$ 500 mil por ter o melhor desempenho nas maratonas mais importantes do mundo.
Essa foi a décima vitória de um atleta queniano nas últimas 16 edições da prova masculina. O maior vencedor da história, Paul Tergat, contribuiu com cinco títulos – 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000. No ano de sua primeira conquista, estabeleceu a melhor marca da história – 43min12s.
A edição 2007 da São Silvestre bateu o recorde de participantes de sua história. Até o ano passado, a corrida permitia a inscrição de até 15 mil pessoas. Na prova de hoje, 20 mil atletas, entre profissionais e amadores, passaram por algumas das principais ruas paulistanas.
Feminino- O segundo lugar ficou com a brasileira Marizete Resende. Na modalidade feminina, essa foi a quinta vitória queniana em 10 anos. A maior vencedora do país na São Silvestre é Lydia Cheromei, que ganhou em 1999, 2000 e 2004.
Campeã no ano passado com Lucélia Peres, o Brasil teve dificuldades em sua preparação para a prova. As três brasileiras (Maria Zeferina Baldaia, Marizete Resende, além da própria Lucélia) que já venceram a São Silvestre chegaram à edição deste ano em meio a problemas físicos.
Devido a essas inúmeras contusões das principais fundistas do Brasil, a estreante Timbilili chegou a São Paulo como favorita, credenciada pela segunda colocação obtida nas Meias-Maratonas da Filadélfia, nos Estados Unidos, e Saltillo, no México. No último Mundial de Corridas de rua, disputado em Udine, na Itália, a queniana terminou na nona colocação.
Para este ano, a organização da São Silvestre decidiu mudar o horário da prova feminina e deixar a sua largada mais próxima da corrida para os homens. Assim, as mulheres iniciaram a prova por volta das 16h30, apenas 15 minutos antes do início do evento masculino.
Como prêmio pela vitória na corrida paulistana, Timbilili recebeu R$ 24 mil, mesmo valor recebido pelo ganhador da prova masculina.