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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Desesperado, Corinthians escancara seus conflitos internos

2007-10-24 10:07:00

À beira da segunda divisão, o Corinthians começa a tornar público seu barril de pólvora. Declarações do técnico Nelsinho Baptista e, principalmente, do goleiro Felipe expuseram parte das mazelas da equipe, que a cada rodada vê suas chances de seguir na primeira divisão do Brasileiro diminuírem.

A derrota para o Náutico, no domingo, em Recife, não só afundou mais o time alvinegro como expôs feridas num grupo que está, nas palavras do vice de futebol do clube, desesperado. Três episódios, ocorridos entre a partida de domingo e terça, ajudam a mostrar o motivo de o Corinthians estar em situação delicadíssima.

Após cometer um pênalti aos 45min do segundo tempo, o que decretou a derrota para os pernambucanos, o meia Ailton quase foi agredido por três companheiros revoltados no vestiário do estádio dos Aflitos: Felipe, Zelão e Betão.

Segundo a reportagem apurou, os outros jogadores tiveram que intervir para que Ailton não apanhasse. A situação só se acalmou depois que Vampeta, líder do grupo, teve uma conversa com o elenco, sem a interferência de Nelsinho.

"O que aconteceu é que ficamos putos com nós mesmos. Houve discussão sim, mas nada perto de agressão. Mas, se eles ficassem indiferentes, aí estaria preocupado. Comentei com eles que é melhor que haja explosão. Mostra que nós somos de carne", afirmou o técnico.

Ontem, Felipe dizia estar mais calmo, mas fez revelação preocupante. "[A situação] seria pior se jogássemos sabendo que não teríamos chance de escapar. Aí ninguém agüentaria olhar na cara do outro. Ia ter briga no treino, porque todos os problemas que tivemos viriam à tona", afirmou o goleiro.

Principal ídolo corintiano, ele já criticou companheiros em algumas derrotas da equipe durante a temporada. "Eu não vou mudar meu jeito", afirmou.

No momento em que Ailton cometeu o pênalti, Felipe chutou com raiva a bola. "O que acontece é que está todo mundo desesperado com a situação. Os jogadores sentiram muito essa derrota", afirmou o vice de futebol do clube, Antoine Gebran, que tentou minimizar os problemas ocorridos com o elenco em Recife.

Hoje, ele promete ter uma reunião com o elenco pela manhã. Isso foi feito na terça também pelo técnico Nelsinho. "Senti o grupo mais tranqüilo, mas é lógico que existe uma preocupação muito grande", afirmou o treinador.

Na terça, ele mesmo admitiu ser de "carne". Ao ser questionado sobre o motivo de ter substituído Gustavo Nery contra o Náutico, revelou: "Ele errou uma jogada, levantou o braço e colocou a mão na coxa. Eu entendi que era para tirá-lo. Depois, ele me disse que o problema era com o Betão", explicou Nelsinho.

O treinador já teve problemas com Nery quando ambos trabalharam no São Paulo, em 1998. Nelsinho se referiu ao atleta como "laranja podre". Atualmente, ele afirma que a briga com Nery foi superada.

Nelsinho descartou ainda a possibilidade de contratar um psicólogo nas últimas rodadas para ajudar o grupo. "Sou a favor desse tipo de trabalho, desde que seja feito no início da temporada, seguindo um cronograma. Você não pode chamar um profissional estranho ao grupo e introduzi-lo neste momento", declarou o treinador, que voltou a dizer que a equipe "evoluiu" e que as chances de escapar da degola "são muito grandes".

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