2014-11-26 20:55:00
Após alguns dias paralisados, em protesto contra a dificuldade que estão tendo em negociar com o poder executivo de Amambai, os trabalhadores da rede municipal de ensino retornaram as salas de aula, no dia 7 de novembro, e decidiram cumprir o calendário escolar anual.
Definiram, ainda, que ficam em estado de alerta até o mês de janeiro aguardando uma proposta de negociação por parte do executivo municipal.
Uma assembleia da categoria já está agendada para o dia 2 de fevereiro. Na oportunidade, os trabalhadores irão avaliar o processo de negociação e decidem os caminhos que serão tomados pela categoria. A proposta de nova paralisação, caso não haja negociação com o executivo, não foi descartada pela direção do Sindicato Municipal dos Trabalhadores na Educação Básica de Amambai (Simted).
Segundo a categoria, o encaminhamento é decorrente das várias tentativas infrutíferas de negociação durante o ano entre o Simted e o executivo de Amambai. Há ainda, na opinião dos trabalhadores da Educação, intransigência do gestor municipal em atender as reivindicações apresentadas pelos servidores.
Neste período, a direção do Simted mobilizou a categoria, manteve reuniões com membros do poder legislativo, com o governador André Puccinelli, foi para a rua informar a população sobre suas reivindicações e, por último, foi obrigada a recorrer a justiça e também paralisar as atividades por alguns dias.
De acordo com a presidente do Simted, professora Olga Tobias Mariano, a categoria está aguardando uma posição do poder executivo sobre as reivindicações. “Esperamos que o executivo atenda as nossas solicitações e que o início do ano letivo seja garantido. Não temos interesse nenhum em paralisar, o nosso interesse é garantir o cumprimento das nossas conquistas e oferecer a população uma educação de qualidade”, afirma Olga.
Reivindicações
Entre as principais reivindicações apresentadas pela categoria, está o cumprimento da Lei Federal número 11.738/08, a chamada Lei Piso, a partir do dia 1º de janeiro, com correção do piso conforme índice do Ministério da Educação (MEC) e o estabelecimento de uma política de valorização dos profissionais da educação com crescimento progressivo até chegar no piso nacional da categoria para 20h/aula e negociação dos atrasados de 2012,2013 e 2014 –com suspensão da ação se houver acordo.
