2006-12-24 08:11:00
As políticas de expansão da oferta de ensino colocaram Mato Grosso do Sul em posição de destaque nacional nos índices de escolarização e de alfabetização. O desempenho do estado foi comprovado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2005, divulgada em setembro deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo colocou Mato Grosso do Sul em quarto lugar no ranking nacional de escolarização de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, com 98% deste público nas escolas. Segundo a pesquisa, o estado só fica atrás de Santa Catarina (98,7%), São Paulo e Roraima (98,6%), Distrito Federal e Rio de Janeiro (98,6%).
Apesar de ter sido constatada uma redução no contingente de crianças e jovens em todo o País, tendo assim diminuído a quantidade de estudantes de 7 a 14 anos, é a primeira vez que o Estado atinge nível tão satisfatório de escolarização nesta faixa de idade. Em 2005, Mato Grosso do Sul registrou uma população de 336.914 crianças e jovens de 7 a 14 anos, sendo que 330.125 encontravam-se matriculados em escolas. Em 2004, de 362.436 indivíduos no mesmo intervalo etário, 354.417 freqüentavam unidades de ensino.
Taxa de alfabetização – Em relação aos índices de analfabetismo, mato Grosso do Sul ficou entre os 11 estados com menores índices do País (8,8%), entre população de 7 anos ou mais idade. Na 11ª posição, MS é precedido por Rondônia (8,6%), Espírito Santo (8,4%), Amapá (6,8%), Amazonas (6,5%), Paraná (6,4%), São Paulo (5,2%), Rio Grande do Sul (5 %), Rio de Janeiro (4,8%), Santa Catarina (4,6%), e Distrito Federal (4,5%).
Considerando o público de 15 anos ou mais de idade, segundo a pesquisa, foram alfabetizados, entre 2004 e 2005, 51.265 pessoas no Estado. Em 10 anos, o índice de analfabetismo em Mato Grosso do Sul, nessa mesma faixa etária, caiu 4,29 pontos porcentuais, ficando em 9,06%.
Políticas – Para a gestora de Ensino Fundamental da Secretaria de Estado de Educação (SED), Marialva Nunes Corrêa, um dos fatores responsáveis pelo impulso à escolarização é o investimento que vem sendo feito na formação de educadores. “A formação em serviço ao professor melhora a qualidade do ensino e oportuniza reflexões teóricas e práticas inovadoras”, avalia.
Outro aspecto que também trouxe benefícios ao índice de escolarização é o vínculo da Educação com programas sociais com o Bolsa Escola e o Bolsa Família, que estimulam a permanência do estudante de baixa renda na sala de aula.
No que se refere à alfabetização, a coordenadora de Políticas Específicas em Educação, da SED, Terezinha Zandavalli de Figueiredo, aponta essa evolução como um esforço da Educação estadual em erradicar o analfabetismo, através de ações precisas e diferenciadas para garantir à população sul-mato-grossense o acesso à educação básica.
Uma dessas ações é o programa Brasil Alfabetizado Mova-MS Alfabetizado, que foi implantado em 2001, sendo integrado, dois anos depois, à política de alfabetização do governo federal, através do Brasil Alfabetizado. A iniciativa tem garantido a alfabetização àqueles que não tiveram oportunidade de estudar na idade ideal.
Através da metodologia freiriana, a qual estabelece a adaptação da escola à realidade do aluno, o Mova-MS já atendeu mais de 115 mil pessoas em todo o Estado. Este ano, outras 31.905 pessoas estão freqüentando as aulas do programa, que tem duração de oito meses.
Pesquisa – A PNAD é um sistema de pesquisas domiciliares, implantado progressivamente no Brasil a partir de 1967, com a finalidade de produzir informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País, como educação, trabalho, rendimento e habitação e outras com periodicidade variável, como as características sobre a migração, fecundidade, nupcialidade, saúde, nutrição e outros temas.
No ano passado, 408.148 pessoas e 142.471 unidades domiciliares distribuídas por todas as unidades da federação fizeram parte da amostragem. Em Mato Grosso do Sul, participaram da pesquisa 16 municípios, com 7.348 pessoas em 2602 unidades domiciliares.
