2008-02-13 22:35:00
A Secretaria de Estado de Educação recuou na intenção de restringir o processo de eleição direta para diretores e diretores adjuntos nas escolas estaduais, e voltou a permitir que funcionários administrativos com Nível Superior na área de Educação disputem os cargos. Resolução nesse sentido foi publicada nesta quarta-feira (13 de fevereiro) no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, colocando fim a um impasse que se arrastava desde 2007, quando a mudança foi anunciada.
A Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul protestou quanto à exclusão dos administrativos – que, embora em número reduzido, possuem representantes na direção de escolas estaduais. A queixa é que a determinação do governo descumpria leis federais, que davam a esses profissionais o direito de disputar a indicação para diretorias de instituições de ensino públicas.
“A gestão democrática é um processo vital do movimento sindical, que há 16 anos ocorre nas escolas e, durante este período, conseguimos demonstrar que os trabalhadores em Educação têm condições de não só ministrar aulas, mas também gerir as escolas com eficiência e de forma competente”, afirmou o presidente da Fetems, Jaime Teixeira. “Acabar com as eleições diretas é acabar com as conquistas dos trabalhadores em educação”, prosseguiu.
A federação encampou movimentos em todo o Estado contra a mudança no processo de escolha. Hoje, o Diário Oficial traz a republicação da resolução, com a retirada do artigo que vetava a participação dos administrativos das eleições. Ao todo são 551 diretores e diretores-adjuntos distribuídos nas 366 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul.