26.8 C
Amambai
quinta-feira, 28 de março de 2024

Piso dos professores aumentou 157% desde 2009, enquanto Fundeb apenas 95%

2018-01-11 06:05:00

Piso dos professores sobe acima da inflação e pressiona Prefeituras. Com esse título, o jornal Gazeta do Povo divulgou, nesta quarta-feira (10), texto sobre o reajuste da categoria com entrevista do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. A matéria destaca: “não é por falta de vontade. Brasil afora, prefeitos alegam que deixam de pagar o piso salarial para os professores porque os valores não cabem nas finanças municipais”.

Segundo o texto, a reclamação dos gestores locais, inclusive do Paraná, também incluiu a falta de suporte do governo federal, que tem a obrigação legal de repassar recursos adicionais para as administrações que não conseguem pagar o mínimo. Além do fato de o piso aumentar, ano a ano, bem acima da inflação.

Em entrevista ao jornal, Ziulkoski destacou que o piso é necessário, mas que as Prefeituras não conseguem bancar a atual fórmula de reajuste, baseada no custo anual por aluno. Ele argumenta que o piso, desde 2009, aumentou 157% enquanto que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), principal fonte de salários para as prefeituras, subiu apenas 95% no mesmo período.

A CNM defende que seja logo aprovado o projeto de lei, que tramita no Congresso, fixando o índice de inflação do ano como indicador para o reajuste do piso do magistério. Segundo Ziulkoski, o problema é que se trata de uma medida impopular, rejeitada por muitos congressistas que não querem “comprar briga” com os professores.

O presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Marcel Henrique Micheletto, também foi ouvido pela reportagem. Ele contou que muitas vezes as Prefeituras estão tirando de outras áreas importantes para cumprir a lei do piso. “Nenhum prefeito é contra valorização dos professores. Mas como gestores públicos, queremos mostrar que não estamos recebendo recursos na mesma proporção”, relata.

Ambas as entidades culpam o governo federal pela escassez de recursos para as Prefeituras. O Ministério da Educação (MEC) foi procurado pela reportagem, mas a assessoria de imprensa informou que, como não elabora a política do piso, não iria se pronunciar. “O papel do MEC é fazer o cálculo baseado na lei e divulgar”, disse o comunicado, reforçando que a educação básica é constitucionalmente de gestão dos Estados e dos Municípios.

Leia também

Edição Digital

Jornal A Gazeta – Edição de 28 de março de 2024

Clique aqui para acessar a edição digital do Jornal...

As Mais Lidas

MDB anuncia nesta sexta pré-candidatura de Sérgio Barbosa a prefeito em Amambai

Vilson Nascimento Um ato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) previsto...

INSS suspende bloqueio de benefício por falta de prova de vida

O Ministério da Previdência Social decidiu que, até 31...

Portuguesa vence Náutico por 2 a 0 diante da torcida

Vitória do time rubro-verde de Mato Grosso do Sul!...

Enquete