2017-09-27 19:09:00
A Educação Especial Municipal, coordenada pela professora Raquel Cazari e a Educação Especial Estadual coordenada pela professora Jesudete Brum no Município de Amambai, fizeram uma parceria de intercâmbio entre os alunos do Estado e Município para que ambos pudessem ter um momento de confraternização em uma roda de conversa entre eles e suas respectivas professoras interpretes e Instrutora Mediadora Modalidade Sinalizada.
A professora Raquel Cazari disse que esse movimento da garantia do direito dos surdos, no nosso Municipio de Amambai teve inicio no ano de 2004 quando formou-se um grupo de professores ouvintes e alunos surdos, onde cada um contribuiu mensalmente para ajuda de custo da professora de LIbras Ariane Nogueira que havia chegado em nosso município e era interprete.
Nesse ano as pessoas (ouvintes e surdas) do município de Coronel Sapucaia também foram convidados. Hoje o resultado dessa iniciativa resulta em vários conhecedores de Libras, todos os surdos de ambos os municípios sabem libras e soma-se 6 interpretes em Amambai e outros em Coronel Sapucaia. Contamos também com dois instrutores mediadores surdos sendo a professora Maudmeia Guazina em Amambai e o professor Willian na Cidade de Coronel Sapucaia.
Contamos com a parceria da Prefeitura de Amambai representada pelo nosso prefeito Bandeira e da SEMED, através da nossa Secretaria de Educação Zita Centenaro, que disponibilizam transportes mensais, aos interpretes a continuarem se capacitando na cidade de Campo Grande.
A professora Jesudete Brum, disse que é valoroso enfocar a importância desse dia, incentivando a participação de nossos alunos surdos, lembrando os direitos e conquistas ao longo de todo o processo social, educacional e cultural, pois, os registros históricos desde a antiguidade relatam as conhecidas atrocidades realizadas contra os surdos no decorrer dos anos passados, que condenavam a criança a sofrer a mesma morte reservada ao retardo e às deformidade. conforme: (BERTHIER, 1984, p.165) "A infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar" Ainda hoje temos muitos desafios em relação à inserção do surdo no mercado de trabalho, porém, contrariando a uma cultura que por anos se arrasta de segregação e de desinformação, já vislumbramos algumas conquistas, na área educacional e social como a Língua Brasileira de Sinais (Libras) ser reconhecida como segunda língua oficial do País.
São consideradas pessoas com deficiência auditiva aquelas com perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais. A legislação determinou também que deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão de Libras como meio de comunicação objetiva. A surdez pode ser tanto adquirida quanto hereditária. Infecções contraídas durante a gestação, além de remédios e drogas podem provocar má-formações no sistema auditivo do bebê. Além disso, infecções e traumatismos cranianos também podem levar crianças à desenvolverem a surdez. Na idade adulta, acidentes de trânsito e de trabalho podem desencadear o quadro.
Informamos que na tarde do dia 26 de setembro estivemos na praça Valêncio de Brum com a exposição de desenhos dos alunos da Educação Especial- Altas habilidades, divulgamos o dia do surdo através de um folder, de faixa e de nossas camisetas e após, tivemos nossa confraternização com nossos alunos surdos. Esse evento também conta com o apoio das demais profissionais da Educação Especial da rede municipal: Fonoaudióloga Ariane Nogueira, a psicóloga Elenice da Costa , e as Técnicas Valdineia Batistela, Glauce Mascarenhas e Vanessa Borges.
