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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Produtor de MS deve se qualificar para consumidor europeu

2007-08-24 18:22:00

    O produtor rural de Mato Grosso do Sul deve se qualificar e profissionalizar para seduzir o consumidor europeu, de alto poder aquisitivo e muito exigente. Ele destacou ainda o pouco investimento do Governo brasileiro em sanidade animal, que considera muito preocupante, principalmente, pelo fato do País ser um dos maiores exportadores de carne bovina e deste mercado estar sujeito a "morte súbita".

   Estas análises foram feitas pelo consultor da Céleres, economista francês e especialista em comércio internacional, Jean-Yves Carfantan, que ministrirá os seminários que integram o programa de capacitação ProCarne MS Export, que começa hoje na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O evento conta com o apoio da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira.

  De acordo com Carfantan, o consumidor europeu é mais exigente em decorrência de 15 anos de crise na sanidade animal, iniciado na década de 80 com casos de vaca louca, samonela e febre aftosa. Outro ponto é que este público é de alto poder aquisitivo. Considerou ainda o grande número de idosos na população européia, que acaba tornando a região um clube da terceira idade rico. "É um público mais preocupado com a saúde e o jovem acaba copiando o comportamento do vovô", destacou.

  Segundo o economista francês, o consumidor da Europa deve ser seduzido pelo Brasil. Para conquistar este mercado, os produtores deverão investir na rastreabilidade bovina, garantia de sanidade total, parcerias com as grandes redes do varejo e assegurar o bem-estar animal. Os europeus estão preocupados com a saúde e a questão ambiental. "Este consumidor vai ao mercado com muitas alternativas (à carne)", destacou.

   Jean-Yves Carfantan frisou que o Governo brasileiro não dá muita importância à sanidade animal, apesar do mercado bovino ser estratégico e prioriatário. "O investimento é muito pouco. É muito preocupante", disse, acrescentando que este mercado deveria ser priorizado, porque existe a "morte súbita". O País fica exposto ao risco de fechamento dos mercados, em caso de surgimento de focos de febre aftosa, como ocorreu em Mato Grosso do Sul, há dois anos.

    Presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia, o deputado Márcio Fernandes (PSDB) afirmou que o produtor rural de Mato Grosso do Sul deve atender as exigências do mercado mundial, não trabalhar pensando apenas no consumidor local. Sobre o seminário, ele disse que o objetivo é preparar e qualificar os acadêmicos para conhecer os problemas atuais e saber o que pode ser feito para atende as exigências do mercado global.

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