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quinta-feira, 28 de março de 2024

País não precisa ser "Opep dos biocombustíveis", diz ministra

2007-06-09 17:36:00

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considera que o Brasil está assumindo uma posição de vanguarda importante no mundo, mas alertou nesta semana, durante discurso na solenidade de lançamento do Centro de Excelência Ambiental da Petrobras na Amazônia, que o país "não precisa ser uma Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] dos biocombustíveis”.

Ela defendeu a necessidade de o país adotar uma visão mais solidária desse processo: "O Brasil tem que observar a sua capacidade de suporte e produzir mediante uma visão solidária, de quem quer ver outras regiões e outros países também produzindo essa nova forma de geração de energia, que é a dos biocombustíveis”.

Para Marina Silva, paises da África, de algumas regiões da Ásia e também da América do Sul e do Caribe podem participar do processo. “Isto produz solidariedade, produz uma nova visão civilizatória, uma visão de quem vê as crises não apenas como uma oportunidade de ganhar dinheiro – como algumas nações já fizeram no passado em relação às desgraças produzidas pela guerra”, destacou.

E citou como exemplo o caso das catástrofes ambientais, que podem gerar um principio ético de solidariedade entre os povos, “porque se não formos capazes de atuar de forma fraterna e solidária, não estaremos dando as respostas necessárias – e é preciso ter em mente que a crise é maior e pior do que está sendo anunciada”. A ministra alertou que se o processo de aquecimento global não for revertido nos próximos 50 anos, poderá haver uma elevação "de até 46 centímetros” no nível dos oceanos, com prejuízos mais intensos para aqueles que menos contribuíram para isso.

“Poderemos ter a ausência material da água em várias regiões do planeta, principalmente na África. Poderemos afetar os ecossistemas da Amazônia. E, mas do que isso, aqueles que talvez menos contribuíram para este processo avassalador, como é o caso das populações pobres do semi-árido brasileiro, serão os mais afetados. Mas a boa nova é que nós podemos reverter este processo", afirmou. E citou o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, que em seu discurso havia dito que "transformar petroleiros em ambientalistas não é uma tarefa fácil". Para a ministra, "não é fácil, mas não é impossível, e se não é impossível, nós temos que tentar".

Marina Silva também citou Santo Agostinho, ao afirmar que acredita nessa reversão do processo: "Se após cometer todos os pecados Santo Agostinho veio a se converter com 40 anos e foi capaz de se tornar o homem santo que serviu de base, tanto para a Igreja Católica como para a Igreja Protestante, eu também posso acreditar que as coisas difíceis não são impossíveis. Porque nós contamos com algo que é fundamental: contamos com a graça de podermos aprender pela dor, já que não aprendemos pelo amor. Haverá uns que se mobilizam pelo coração, outros que se mobilizam pela razão”.

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