2007-06-04 08:37:00
Há semanas o preço do álcool segue em queda nas usinas, mas a exemplo do que ocorreu nos anos anteriores, o consumidor demora a sentir os efeitos no preço pago pelo combustível. Pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo) fechada esta semana indica que a maioria dos postos de combustível de Campo Grande já paga menos para a distribuidora, mas nas bombas os valores permaneceram quase inalterados porque a margem de lucros dos estabelecimentos aumentou.
Um centavo. É somente isso o que o consumidor está pagando a menos, na média, pelo litro do álcool hidratado em Campo Grande em relação ao começo de maio. De R$ 1,855 o valor médio cobrado pelo litro caiu a R$ 1,840. Essa redução ocorreu da semana passada para esta. Ao mesmo tempo a margem média de lucro dos postos de combustíveis da Capital passou de R$ 0,209 a R$ 0,311, um ganho de 48%.
Na média, as distribuidoras estão vendendo o litro do álcool a R$ 1,529 contra R$ 1,647 no começo de maio. Em Corumbá o preço médio pago pelo litro do álcool às distribuidoras caiu R$ 0,10, mas o consumidor só sentiu economia de R$ 0,02. A situação não é muito diferente nos outros municípios e há alguns, como Paranaíba, onde o preço ao consumidor sequer teve retração. Dentre as cidades pesquisadas, Três Lagoas apresentou o maior impacto ao consumidor: queda de R$ 0,03 no preço médio do litro do combustível.
A demora para que o consumidor sinta os efeitos da queda no preço do álcool é uma situação que ocorre em âmbito nacional, conforme a imprensa tem noticiado. Com o aumento da frota flex, as vendas de álcool cresceram, ao passo em que as de gasolina e diesel sofreram retração. No bimestre, os postos de Mato Grosso do Sul elevaram em 12,8% as vendas do álcool hidratado. Hoje existem no Estado 34,7 mil veículos movidos à gasolina e álcool, o dobro do que havia no mesmo período do ano passado, conforme estatística do Detran.