2007-03-21 15:13:00
O outono começou ontem e em muitas lojas de Campo Grande as peças de verão já perderam espaço para as de meia-estação. As indústrias do vestuário de Mato Grosso do Sul apostam em uma alta de 6% a 8% nas vendas das peças da coleção outono/inverno este ano em relação a 2006, segundo o presidente do Sindvest (Sindicato da Indústria do Vestuário), José Francisco Veloso. Dentro desta perspectiva, afirma, é que a produção está aumentando.
Quanto aos preços, afirma que por se tratar de moda são muito variáveis, mas que, em geral, houve aumento de 10% nos tecidos que podem ou não ser repassados conforme o fabricante. Veloso afirma que os fabricantes esperam que o inverno seja mais rigoroso, mas, considerando o clima do Estado, apostam em peças de tecidos menos pesados para a estação.
Nas lojas, as peças de meia-estação já tomam conta das vitrines. Para desovar coleções antigas e dar espaço às novas, lojas do Shopping Campo Grande promoveram há duas semanas o Ponto Mix, que liquidou peças com descontos de até 70%. Já as lojas do centro, farão o Centro Mix, no dia 15 de abril.
A meteorologia prevê um inverno seco este ano. Embora as madrugadas já estejam mais frias, a previsão é que somente em maio as massas polares entrem em Mato Grosso do Sul baixando significativamente os valores dos termômetros.
Varejo – No varejo o clima é de otimismo em relação às novas coleções. Rodrigo Wesley é gerente da Damyller. Ele disse que as peças de meia-estação começaram a chegar, mas que a procura ainda é tímida. Espera crescimento de vendas de 5% e diz que a preferência é por peças intermediárias e que o estoque não deve ter muitos casacos pesados, devido ao inverno mais ameno do Estado. As roupas vêm de Santa Catarina.
Na Bumerang, que tem roupas produzidas no próprio estado, mas lavadas em Maringá (PR), a expectativa é de aumentar em 30% as vendas. Para isso, afirma a gerente da loja da rua 14 de julho, Tânia Costa de Oliveira, desta vez está apostando mais nos manequins femininos, um nicho menos aproveitados em outras vezes.
Thiago Toldato de Lima, gerente da Jet Line, disse que a procura pela coleção de outono inverno já começou, mas que deve aumentar a partir de abril. “Em janeiro, fevereiro e março a procura não é muito grande, porque as pessoas têm muitas contas de início de ano para pagar”, argumenta.
Otimista, ele acredita em aumento de vendas de 30% a 40%. Para chamar a clientela a loja, que vende peças produzidas no Estado, está apostando em cores e lavagens diferenciadas.