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terça-feira, 23 de abril de 2024

Mercados na fronteira declaram guerra ao Paraguai

2006-12-12 19:23:00

Elisângela Marques
Diante da concorrência com o Paraguai onde os preços de produtos chegam a
ser quarenta por cento mais baratos, donos de supermercados do lado
brasileiro da fronteira armam estratégias para recuperar clientes; enquanto
no Paraguai Shopping China inaugura mais um hipermercado
Da Reportagem Local
No início do ano um comerciante em Ponta Porã optou por fechar as portas de
um novo empreendimento para assegurar o outro. O supermercado Big foi
fechado depois de poucos meses de inauguração. A explicação é a difícil
concorrência com produtos vendidos em mercados do outro lado da fronteira.
No entanto, as causas podem ir além da principal causa é a presença de
produtos brasileiros, gêneros alimentícios do país no comércio paraguaio,
coisa que até pouco tempo não existia. É difícil manter os mesmos preços já
que eles têm uma política tributária diferenciada, comenta Amarildo
Francisco Miltos, gerente. Diante da situação, os comerciantes pedem uma
nova política de impostos para que possam concorrer com os mercados do lado
de lá da fronteira. O chefe da sessão aduaneira, Ricardo Franco, diz que uma
zona de livre comércio ainda não é possível na fronteira se os produtos
comprados no Paraguai forem comercializados no Brasil vão incidir os mesmos
impostos que existem no País. Isso quer dizer que ele vai pagar Cofins, Pis,
ICMS para que haja igualdade nos preços que são ministrados aqui no Brasil,
explica ele.
A situação do comerciante brasileiro é ainda pior quando se fala na
estabilidade da moeda americana a queda do dólar acaba influenciando porque
a moeda nacional passa a ficar mais valorizada e isso para o consumidor
significa preço mais caro em relação aos preços dos produtos no Paraguai. Na
prática isso quer dizer que quem está comprando no Brasil está pagando mais
caro além do produto nacional ser exportado para o Paraguai, enfatiza o
economista Fabiano Dutra Alves.
Abrir aos domingos e oferecer promoções são algumas das estratégias a partir
de agora. O gerente de um outro grande supermercado na cidade diz que toda a
semana uma lista de produtos são vendidos com preços menores  apostamos nas
promoções para recuperar o cliente e também para não perder àqueles que
ficaram, ressalta o gerente Valmir Frediani.
O resultado da concorrência, dita desleal pelos comerciantes, foi uma queda
de cinqüenta por cento no movimento nos primeiros meses do ano. A saída foi
criar estratégias para tentar recuperar o cliente. Uma delas é abaixar os
preços, alguns produtos ficaram cerca de trinta por cento mais baratos.
Investimentos do outro lado da fronteira
Em contrapartida o Shopping China, maior área de vendas de importados,
inaugura mais um hipermercado da rede. São 7.500 metros quadrados. São vinte
e quatro metros de comprimento da ilha de congelados e quarenta e um metros
das gôndolas de lácteos isso significa o dobro do tamanho das gôndolas que
hoje têm no Maxi I. e sem contar o espaço para seis mil metros destinados as
prateleiras, explica o engenheiro responsável, Geraldo Cogorno.
A inauguração faz parte da estratégia de crescimento da rede investindo em
uma região de fronteira onde vai oferecer milhares de ítens: produtos
chilenos, argentinos, paraguaios e brasileiros 40% mais baratos. Toda a
linha de mercearia, além de variedades em carnes, hortifrutigranjeiros,
padaria e até uma farmácia. Investimento que completa as compras desse
consumidor que, a partir de agora, tem opção de escolha, incluindo diversas
marcas e ainda facilidades de pagamento é um investimento para atender
melhor o cliente. O Maxi II é um projeto antigo que saiu do papel e agora
marca a época de crescimento da região, ressalta um dos proprietários
Felipe Cogorno.
As obras estão em fase de acabamento e no início de janeiro o projeto deve
estar concluído. O Maxi II vai ser responsável pela abertura de quatrocentos
novos postos de trabalho, entre diretos e indiretos já empregamos
quinhentas pessoas, cinqüenta por cento desse número são brasileiros. E
queremos continuar com esse percentual e empregar no novo hipermercado o
mesmo número de contratados do Brasil, ressalta Felipe.
Destaque para a estrutura do local, funcionários utilizam protetores de
boca, cabeça e luvas. Com o objetivo de facilitar a vida do cliente, o Maxi
II adotou a mesma rotina do Maxi, compras com cartão de crédito, cheque
pré-datado para quarenta e cinco dias e muitas outras facilidades o Maxi II
está ao lado do Shopping China, com estacionamento amplo e seguro para o
cliente, enfatiza Cogorno.

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