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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Preço do feijão sobe até 192% e pressiona orçamento

2007-11-19 08:03:00

Feijão, o ingrediente que deveria estar todos os dias à mesa do brasileiro está cada vez mais caro. Desde o início do ano, o preço de um quilo do feijão carioquinha, um dos mais populares, subiu 192%, saindo de R$ 1,07 em janeiro para os atais R$ 3,13. Já para o produtor, houve aumento, mas nem tanto. Em cinco anos, o preço do grão evoluiu 45% aos agricultores, segundo dados do IEA (Instituto de Economia Agrícola), considerando que a saca de 60 quilos salto de R$ 64,21 (janeiro/2002) para R$ 93,70 (agosto/2007).

Dados do IEA, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Centro de Inteligência do Feijão indicam que o preço do grão é reflexo da redução de área plantada e clima desfavorável. A seca prolongada da última safra provocou redução de 24,1% na produção em relação ao ano passado. De acordo com o IBGE, a colheita deste ano deve chegar a 1,8 milhão de toneladas de feijão.

Ao fim das três safras anuais, a oferta é menor, aponta o Centro de Inteligência do Feijão e os preços sobem de forma contínua. Somente na primeira semana de novembro, o feijão carioca extra novo passou de R$ 170 (cotação de 31 de outubro) para R$ 188 (14 de novembro). O valor que corresponde à saca de 60 quilos apresentou variação de 10,6%.

O preço feijão preto, outro tipo bastante consumido, teve variação positiva de 6,4%, passando de R$ 141 para R$ 150 a saca de 60 quilos. A redução de oferta e aumento de preço na lavoura reflete diretamente no prato do consumidor final, como explica o comerciante Raimundo Faustino, que há 15 anos trabalho no Mercado Municipal de Campo Grande. “Nunca vi isso. Hoje mesmo vou remarcar”, afirmou. Faustino trabalha com variações nobres do feijão, a manteiga e rosinha. Hoje, a saca de 60 quilos destes feijões chega a R$ 360, ou seja, R$ 6 o quilo para o consumidor final.

Inflação – A pressão do preço do grão é avaliada mês a mês pelo estudo das cestas básicas familiar e individual feita Semac (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento da Ciência e Tecnologia).

No mês de outubro, o consumidor pagou 6,10% mais pelo produto em relação a setembro. “As pessoas reclamam sim, porque está caro. Mas o meu fornecedor está vendendo mais caro também e eu reclamo para ele que também está comprando por um preço mais alto do produtor”. Para o comerciante Wagner Linhares, chega ser absurdo pagar até R$ 3,80 pelo quilo do feijão carioquinha. “Em janeiro estava R$ 1,20, mas o que as pessoas podem fazer? Elas precisam comer”.

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