2007-08-18 10:24:00
Antonio Luiz
A fundação do Sindicato Rural de Amambai remonta a uma época em que a região do Cone Sul, do então Mato Grosso, despontava para o desenvolvimento da agricultura mecanizada.
Amambai que foi desbravada por colonizadores gaúchos, nossos avós, teve o inicio de sua formação econômica baseada na exploração da Pecuária extensiva.
Passou para a fase áurea da erva-mate, que proporcionou à região anos de ouro e de muito crescimento, o que perdurou até 1964 quando perdemos nosso único importador que era a Argentina. Essa exploração ainda continuou alimentando a economia local por mais alguns anos, comercializando o produto com o vizinho Paraguai de forma irregular.
Aconteceu então a chegada de inúmeros pecuaristas paulistas,que adquirindo terras de matas, desenvolveram derrubadas e formação de pastagens. Foi outra etapa desse crescimento econômico. Aliando-se à esse movimento a instalação de serrarias para aproveitamento das matas derrubadas.
No início da década de 1970, começaram a chegar, vindos do sul do país, os agricultores de lavouras mecanizadas, a população rural foi crescendo e exigindo maior atenção social e trabalhista dos empresários, empregadores rurais.
Enquanto a erva-mate estava no auge de sua exploração, Amambai possuía uma Cooperativa, chamada Cooperativa dos Produtores de Mate União Ltda., filiada à Federação das Cooperativas de Mate Amambai com sede
Com a criação do FUNRURAL, pelo Governo Federal, passaram a contribuir com esse Imposto de 0,5% sobre a venda de produtos primários, tais com grãos, gado, madeiras em tora etc.
Para usufruir dos benefícios do FUNRURAL, deveriam ter uma representação classista organizada e vinculada ao Ministério do Trabalho, por exigência da Lei.
E assim, alem da necessidade pela qual passávamos em poder atender em saúde e outros benefícios aos nossos trabalhadores era premente a formação de um sindicato local.
Até então a maioria dos produtores rurais desta região era filiada ao Sindicato de Ponta Porã, cujo presidente à época era o Sr. Ney Magalhães.
Premidos por essas necessidades e com a liderança do advogado e produtor rural Helio Capilé, iniciamos gestões junto à FAMATO, Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso.
Após recebermos a Carta Sindical e com apoio do Deputado Federal Ubaldo Barém foi instalado o primeiro escritório de Representação do FUNRURAL em Amambai, o que foi o embrião do escritório do INSS local.
Então no dia 05 de agosto de 1973, 108 proprietários rurais, entre amambaienses natos e produtores oriundos do Sul do Brasil, que já tinham como sua principal atividade a agropecuária, foi aberta a Assembléia de Fundação do Sindicato Rural de Amambai, órgão que serviria para organizar ações, com objetivos claros e inequívocos, de defender os interesses dos produtores rurais e expor as atividades do homem do campo ,para toda a sociedade, sua realidade, dificuldades, lutas.
No dia 07 de julho de 1974, o Ministério do Trabalho aprova os Estatutos Sociais e outorga a Carta Sindical, criando assim o Sindicato Rural de Amambai, carta esta que foi repassada ao SRA em 11 de Janeiro de 1975. Já de posse da sua Carta Sindical, essa instituição continuou coesa junto com seus associados, discutindo, solicitando, reivindicando, agindo em defesa e em prol da sociedade. Foi com esse espírito altruísta, que no dia 04 de maio de 1975, foi empossada a primeira Diretoria do Sindicato Rural de Amambai, conforme a ata número 01, Diretoria essa que teve como seu 1º presidente, o Sr. Hélio Capilé.
Então, com arrojo e muita determinação, num primeiro instante, em 18 de outubro de
Atualmente conta com 250 sócios sindicalizados e atuantes, com sede própria no endereço supramencionado. Tendo a sua frente como representante legal e presidente, o Sr. Christiano da Silva Bortolotto, assessorado e apoiado por todos os membros constitutivos da diretoria, do conselho fiscal e os delegados. Constituindo ainda o quadro funcional do SRA, há 06 empregados devidamente legalizados, 01 assessor jurídico e 01 assessor de imprensa.
No desenvolvimento de suas ações cotidianas e que lhe são peculiares, contempla a formação profissional mediante cursos oferecidos, via SENAR, ou por outras parcerias, tais como Poder Público ou empresas privadas; a defesa da propriedade através de seus manifestos e de representatividade; a realização anual de exposição agropecuária e a representação da classe em diversas comissões e conselhos municipais: segurança pública, habitação, sanidade animal, e encontros com produtores em busca de solução para os diversos problemas encontrados no meio.
Baseado em depoimento do Sr. Ney Magalhães, pesquisa de Cláudio Luiz Agostini e foto gentilmente cedida pela Sra. Terezinha Bazzo.