2014-10-21 19:49:00
Vilson Nascimento
Um problema que vem se arrastando há anos e parece estar longe de ter um capítulo final, vem causando transtorno e insegurança em relação à saúde para os moradores da Rua dos Ipês, no Conjunto Habitacional Guaicurus, em Amambai.
O aterramento por parte de uma pessoa que se diz dona de uma aérea lindeira ao bairro, que segundo a Associação de Moradores local na realidade é integrante do Conjunto Habitacional como área verde, provoca alagamentos em dias de chuva, feito que além de causar transtornos, coloca em risco a saúde de quem mora na região.
A área de terra de aproximadamente 15 metros de largura, que fica entre o limite do residencial e o córrego denominado “Córrego da Lagoa”, é disputada na Justiça entre a Prefeitura e uma pessoa que se diz proprietário da margem do riacho.
A Associação de Moradores local já levou o problema ao Ministério Público do Meio Ambiente da comarca de Amambai que teria determinado que a área, de fato, é de preservação e não deve ser urbanizada, mas a lentidão em se buscar uma solução definitiva para a questão continua causando problemas.
A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, realizou a limpeza da citada área, possibilitando que a água da chuva escorresse.
Porém dias atrás a pessoa que se diz “dona” da aérea supostamente pública, teria despejado caçambas de terra no local com o pretexto de promover aterramentos, voltando a provocar a obstrução do canal de escoamento da enxurrada.
Por conta disso, com a forte chuva ocorrida na noite de domingo (19) e manhã de segunda-feira, 20 de outubro, um novo alagamento acabou se formando no local.
Ao tomar conhecimento do problema por meio de redes sociais, o secretário municipal de serviços urbanos em Amambai, Vilmar Cubas, esteve no local no início dessa semana e, mais uma vez, realizou trabalho paliativo para escoar a água empossada.
Procurado pela reportagem do grupo A Gazeta, Vilmar Cubas disse ser amplo conhecedor do problema existente naquela localidade, mas se diz de “mãos atadas” para buscar uma solução definitiva, justamente por conta dos tramites judiciais da questão.
Segundo Vilmar Cubas, ele já cobrou a procuradoria jurídica do município solicitando empenho no andamento do processo que trata da questão.
Matéria corrigida às 19h08