2014-08-16 11:53:00
Vilson Nascimento
De importador de areia para construção, além de abastecer o marcado, Amambai deverá passar a exportar o produto de origem mineral para os municípios da região em breve.
Entrou em operação na semana passada no município, uma areeira com capacidade de produção de 800 a 1.000 metros cúbicos por dia, o equivalente a mais de 30 carretas do produto.
Atualmente a maior parte da areia comercializada na cidade vem de jazidas situadas distante de Amambai, como da região do Rio Paraná, o que faz o produto chegar ao consumidor por praticamente o dobro do valor praticado em localidades como a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, por exemplo.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Amambai, com a implantação de uma areeira desse porte no município, a tendência é que o preço também seja mais baixo que o praticando atualmente junto ao comércio local, fator que beneficiará a população e os empreendedores locais.
Segundo especialistas a areia explorada no município também será melhor do que areia trazida do Paraná, que é lavada, extraída do leito do rio e mais grossa, o que acaba sendo imprópria para certas aplicações como em reboco, por exemplo.
Areia extraída do seco
O sistema de exploração da nova indústria, que em primeiro momento deverá gerar de três a cinco empregos diretos, é diferente do convencional praticado atualmente no município, ou seja, a extração do leito de rios.
Segundo o empreendedor, Carlos Brandão, que é da região conhecida como “Bonfim”, em Laguna Carapã e se instala em Amambai após longo trabalho de análise de mercado, toda a areia será extraída de barrancos, em local seco e o produto passará por um processo de beneficiamento antes de ser colocado no mercado.
Segundo o empresário, para conceder a licença ambiental para o empreendimento o IMASUL (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) fez diversas exigências, entre elas, a de que a aérea de exploração fosse bem preservada, inclusive com a proibição da presença de animais como bovinos e eqüinos, por exemplo.
“A areia que produzimos irá passar por rigoroso controle de qualidade e será adequada para, além da aplicação na construção, também equipar parquinhos infantis e praças esportivas”, disse o empresário.
De acordo com Carlos Brandão, a jazida, que está situada em uma aérea de 50 hectares adquirida pela própria empresa, que fica aos fundos do Residencial dos Ipês, nas proximidades da cidade, em Amambai, tem capacidade de produção para 100 anos de exploração.
Na sexta-feira, 8 da agosto, dia que a empresa entrou em operação, o empresário Carlos Brandão esteve reunido com o prefeito de Amambai, Sérgio Barbosa (PMDB) onde falou sobre o empreendimento.
Acompanharam a reunião, que aconteceu no gabinete do prefeito, na Prefeitura de Amambai, o secretário de obras públicas do município, Eder Espíndola e o secretário de indústria e comércio, Rodrigo Selhorst.
Na ocasião a Prefeitura se comprometeu a melhorar a acessibilidade à área de exploração da empresa, que está montando escritório na Avenida Nicolau Otano, região do Posto Sol Nascente, em Amambai.
O empresário, por sua vez, ressaltou que uma de suas metas é participar de licitações para fornecer, além do mercado comum, também a órgãos públicos de Amambai e região.
