2007-07-05 07:38:37
Vilson Nascimento
Uma comissão de líderes indígenas representando 22 aldeias da região de fronteira entre Brasil e Paraguai no sul do Estado em Mato Grosso do Sul está em Brasília para tentar acelerar o processo para o retorno da Administração Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) para Amambai.
A Administração, que era responsável pela assistência á 25 mil índios guarani kaiowá e guarani-ñhadeva, foi extinta pela Funai através de portaria a cerca de 60 dias para a criação da Administração para o Conesul que funcionaria na cidade de Dourados, mudança realizada sem consultar as comunidades indígenas da região que se revoltaram com a decisão.
Uma comissão de lideres foi formada, se deslocou até Brasília e em audiência com o presidente da Fundação Nacional do Índio, Márcio Augusto Meira, ouviram do presidente que a decisão seria reconsiderada e a Administração Regional permaneceria em Amambai, mesmo com a manutenção da Administração implantada na cidade de Dourados.
A demora por parte do órgão federal em devolver a unidade gestora de recurso para Amambai gerou impaciência nos líderes indígenas que alegam estar a mais de 60 dias sem qualquer assistência por parte do órgão tutor, ou seja, a Funai.
Essa nova visita a Brasília tem por objetivo forçar a Funai a acelerar o processo para devolver a unidade gestora para Amambai. Na segunda-feira, 2, os lideres indígenas estiveram reunidos com o prefeito de Amambai Sérgio Barbosa para pedir apoio.
O prefeito se dispôs a acompanhar a caravana até a cidade de Dourados que em teoria seria a unidade responsável pelo atendimento aos indígenas da região enquanto a unidade gestora não retorna a Amambai, mas não tem realizado esse trabalho, para cobrar o atendimento, mas os lideres acharam por bem se deslocar diretamente para Brasília para tentar forçar diretamente na presidência da Fundação, para o retorno da unidade gestora.