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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Amambai:Projeto visa retirar famílias de áreas de risco

2007-07-02 09:07:37

Vilson Nascimento

Dentro de um plano para o “desfavelamento” da cidade, a Prefeitura de Amambai está trabalhando no desenvolvimento de um projeto para a tirada de famílias que residem em áreas consideradas de risco sanitário e físico na cidade em Amambai.

Segundo levantamentos do Poder Executivo são pelo menos 70 famílias vivendo nessas condições, algumas em barracos de lona sem saneamento ou até água potável, grande parte são famílias ribeirinhas, que moram às margens do Córrego da Lagoa, vulgarmente conhecido como “Córrego Areão” que nasce na região da Vila Monte Cristo, em uma extremidade da cidade e margeia o perímetro urbano de ponta a ponta até desaguar no Córrego Panduí.

Para as famílias residentes as margens do córrego o problema é duplo. Além dos riscos sanitários por conta da presença de insetos, animais peçonhentos e da própria saúde, tendo e vista o mau cheiro e a água contaminada por esgotos, se levado ao pé da letra, todas estão passivas de responderem por “crime ambiental” por não respeitarem o limite de 30 metros de matas ciliares exigidas por lei em caso de córregos e rios com até 10 metros de largura.

O problema é que essas famílias, que moram praticamente dentro do leito do rio, têm documentação e as escrituras dos terrenos, a grande maioria emitida pelo próprio Poder Público Municipal há mais de 30 anos, quando a proteção ambiental não era tratada como um dever de estado e agora, muitas delas moradoras há décadas na região se recusam a sair, já que, pelo projeto elaborado pela Prefeitura, serão viabilizadas residências de alvenarias em localidades próprias para urbanização para abrigar as famílias retiradas de áreas dessa natureza e onde hoje existem casas e barraco seriam realizados projetos de reflorestamento e proteção ambiental.

Afronta ao Meio Ambiente- Na região ribeirinha do Córrego Areão os flagrantes de crime ambiental praticados pelos moradores são freqüentes.
Sem rede de esgoto e locais para cavar fossas por conta do lençol freático que baixo e a poucos centímetros de escavação já atinge a água, os moradores implantam as tubulações da descarga dos banheiros jogando os dejetos diretamente no leito do rio.

Na região da Vila Jussara um grupo de famílias residem em situação ainda pior. Elas adquiriram terrenos e edificaram suas residências sobre nascentes, afluente ao córrego e como no local, que não tem rede de água tratada, os poços cecos de onde é retirada a água para beber, confeccionar os alimentos e para o uso cotidiano, dividem espaços com banheiros improvisados (mictórios).

“A situação é gravíssima tanto para as pessoas que residem nessas localidades como para o meio ambiente”, disse o prefeito de Amambai Sérgio Barbosa que esteve visitando algumas famílias ribeirinhas na semana passada.

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