2007-06-26 11:40:37
Este espaço foi reservado para demonstrar que as pessoas podem superar suas vicissitudes e levar uma vida regular, sem que os problemas que a afligiram possam interferir em seu comportamento.
Geralmente falamos de uma pessoa que passou por uma experiência em que o principal componente é a superação e a fé em si próprio.
Desta vez vamos falar de uma família, normal, igual a outras tantas, não fosse um pequeno detalhe: um rapazinho de 12 anos chamado Vinicius, portador de Síndrome de Down.
Os pais Deborah e Paulo Brescovit e o irmão Bruno tiveram que aprender, ou renasceram, quando descobriram que seu caçula era uma criança diferente. Foram meses de ansiedade, talvez os únicos, até que houvesse diagnóstico confiável. Não houve qualquer tipo de revolta ou questionamento por parte da família, o objetivo era cuidar de um filho tão querido quanto o outro e que necessitava de cuidados especiais. Foram à luta.
Em 1996, Vinicius tinha onze meses, quando os pais levaram-no para Curitiba buscando tratamento especializado no Instituto Veras. Lá os pais aprenderam a lidar com o Down e os métodos de estimulação precoce para o desenvolvimento integral de suas potencialidades. Foram exercícios motores, cognitivos e sensoriais diários para que Vinicius superasse suas limitações àquela altura. Foram oito anos de determinação e muito suor por parte da família.
Passada essa fase, Vinicius tornou-se uma pessoa normal, apenas com Síndrome de Down, perfeitamente integrado ao meio em que vive. Freqüenta a escola – está no terceiro ano na Escola Antonio Pinto -, mantém contato social e amistoso com seus colegas e amigos e é um doce de garoto.
Um parênteses: Amambai, segundo Deborah e Paulo, pais do Vinicius, é uma das cidades que na região que mais tem investido na educação e inclusão às crianças com necessidades educativas especiais, mesmo com algumas carências, até pelo tamanho da cidade, A APae de Amambai cuida atualmente de oitenta crianças com necessidades especiais. Quatro vezes por semana, Vinicius freqüenta a sala de recursos da escola para um atendimento especializado. Apaixonado por cavalos, o garoto faz equitação duas vezes por semana.
Essa é uma família feliz, muito pela contribuição do Vinicius. Tudo lá é feito levando-se em conta sua formação e sua felicidade. Tirante alguns problemas de preconceito externo, geralmente advindo de pessoas desinformadas ou até maldosas, Vinicius e sua família superaram todas as adversidades.
O exemplo serve para pessoas que têm não apenas um parente com a Síndrome de Down, mas para todos os pessimistas que reclamam da vida ou que acham que são injustiçados.