2008-01-28 01:22:00
Vilson Nascimento
Apesar de estar em área coberta por serrados, matas e vegetação, locais apontados como áreas de risco para o surgimento da “febre amarela silvestre”, fórmula da doença que já provocou pelo menos nove mortes em todo o País nos últimos dias, as comunidades indígenas das aldeias atendidas pelo Pólo Base Regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Amambai estão protegidas e não correm riscos de contrair a doença, segundo informou nessa quinta-feira (24) o chefe do Pólo, Celso Souza Padilha.
Segundo Padilha a grande maioria dos cerca de 11 mil índios atendidos pelo Pólo em Amambai já foram imunizados com a vacina. Entre as crianças 97,28% dos meninos e meninas com idades entre 9 e 11 meses já estão imunizadas e na faixa etária entre 1 e 4 ano esse índice sobe para 99,38%.
“A população adulta segue a mesma linha, com percentual pouca coisa mais baixa, mas com um grau de vacinação considerado bem acima da população branca que vive nas cidades”, informou Celso Padilha ao ressaltar que além das campanhas regulares de vacinação, agentes de saúde da Fundação percorrem periodicamente residência por residência nas reservas indígenas conferindo cartões de vacinação e acompanhando as famílias.
“O cartão de vacinação em dia também é uma exigência das usinas que contratam a mão de obra indígena. Por conta disso, além do trabalho que realizamos para levar o atendimento até onde o indígena está, eles próprios se movimentam e vem até nós”, disse o chefe do Pólo.
O Pólo Regional da Fundação Nacional de Saúde de Amambai presta atendimento para cinco aldeias da região, entre elas as aldeias, Amambai, Limão Verde e Jaguari em Amambai que juntas somam uma população estimada em 8 mil índios guarani-kaiowá, a Aldeia Taquapery em Coronel Sapucaia com cerca de 2,7 mil índios e a Aldeia Guassuty em Aral Moreira, com 443 indígenas.