2018-11-14 09:30:00
Diariamente são admitidos e demitidos trabalhadores em todo Brasil, seja pela abertura/fechamento de empresas, qualificação profissional, entre outros fatores.
No Mato Grosso do Sul, o último levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), demonstrou que o Estado fechou o mês de setembro com saldo negativo, com 2.645 vagas de emprego a menos.
No total, 18.102 trabalhadores foram contratados de maneira formal, enquanto outros 20.747 foram desligados do trabalho no Estado. Ainda de acordo com o levantamento, o setor de serviços foi o que mais impulsionou o resultado negativo, com fechamento de 3.722 postos de trabalho.
Dentre os municípios do Cone Sul, o Caged traz os resultados de Amambai e Naviraí, que possuem mais de 30 mil habitantes. Em Amambai, o saldo é positivo, e no mês de setembro foram admitidos 169 empregados e demitidos 164, resultando em 5 novos empregos. No levantamento dos últimos 12 meses, o município também pode comemorar os resultados positivos com 2.068 admissões e 1.763 desligamentos empregatícios, resultando em um saldo de 305 novos empregos.
Já o município de Naviraí apesar de ter apresentado um saldo negativo no mês de setembro, com 97 empregos a menos, obteve no levantamento geral dos últimos 12 meses, um saldo positivo de 523 novos empregos, sendo admitidos 4.463 e demitidos 3.940 neste período.
Setores
No Mato Grosso do Sul, o setor de atividade econômica com maior saldo foi o da Indústria de Transformação com 490 postos de trabalho, seguido pelo Comércio com 349, Agropecuária com 150, Serviços Industriais de Utilidade Pública com 61, Construção Civil com 18, Extrativa Mineral com 6 e Administração Pública com 3. O setor de Serviços apresentou perda de 3.722 postos de trabalho.
Em Amambai, os supermercados fazem contratações freqüentes, como é o caso do Supermercado Planalto. De acordo com o setor de RH da empresa, há cerca de 90 funcionários efetivos e nos finais de ano sempre surgem vagas temporárias. O setor agropecuário e agroindustrial também movimentam a geração de empregos, como por exemplo, as cooperativas agroindustriais. A Coamo emprega no total, entre efetivos e terceirizados, 95 trabalhadores. Na safra de inverno, são contratados 27 temporários e na de verão 40 vagas são preenchidas. Na Coopersa, são 30 colaboradores efetivos e 20 terceirizados em época de safra.
Busca por empregos
Tantos nas Cooperativas e Supermercados visitados, os setores de RH informaram que há procura de emprego todos os dias. Há supermercados que fazem contratações todos os meses, assim como há desligamentos também.
A moradora de Amambai, Flaviani Chiosini, de 20 anos, está atualmente no 8º semestre do curso de Letras, da UFGD e faz estágio na E. E. Dr. Fernando Corrêa da Costa, porém o contrato encerra no mês que vem e ela já está atrás de um novo emprego.
“Procuro algo em que eu já tenha uma experiência ainda que mínima ou que seja da minha área. Como estou perto de me formar, prefiro engajar em algo que me ofereça futuro profissional, mas caso surja alguma outra oportunidade de emprego, penso em aceitar. Ficar desempregada na crise em que estamos não é uma opção.”, comenta a acadêmica, destacando a dificuldade de que os acadêmicos como ela, tem para encontrar emprego na cidade.
“Para nós, universitários, que precisamos nos deslocar até o município de Dourados, está cada vez mais difícil conseguir um espaço no mercado de trabalho. Com o horário de saída fixo às 16h25 por conta do trajeto feito até a universidade, os comerciantes e/ou empresários de locais que contratam, se veem muitas vezes prejudicados ao liberar o contratado mais cedo, fugindo do horário comercial vigente.”, ressalta.
Oportunidade:
A Coamo está com vagas abertas para o programa Jovem Aprendiz, destinados para estudantes a partir de 16 anos. Interessados devem levar currículo na Coamo e falar com o Denílson ou Lucélia.
