2007-12-28 23:14:00
Vilson Nascimento
A guavira, uma fruta silvestre da família da jabuticaba, da goiaba e da pitanga, comum em regiões de campos e serrados no sul do Estado em Mato Grosso do Sul, é uma fonte de renda extra e incrementa o orçamento doméstico das comunidades indígenas de Amambai nos meses de novembro e dezembro, período que a planta produz frutos.
Famílias inteiras de indígenas da etnia guarani-kaiowá chegam a caminhar por quilômetros a pé ou de bicicleta em busca da fruta, que antes era encontrada em grande quantidade na região, mas devido a devastação ambiental, onde o serrado e o campo natural deu lugar as pastagens e lavouras, agora já não é mais encontrada com tanta facilidade, posteriormente vendem o produto da colheita às margens das rodovias estaduais que cortam as aldeias indígenas.
De acordo com os indígenas no ponto alto da safra, que vai, em média, de 10 de novembro a 10 de dezembro, o litro de guavira foi vendido em valores que variavam de R$ 1,50 a R$ 2,00 reais. Já mais para o meio e final de dezembro, quando a safra chega ao final e a fruta já está escassa, difícil de se encontrar na natureza, o preço sobe e passa a ser comercializada em valores que variam entre R$ 2,50 a R$ 3,00 o litro.
Segundo alguns dos vendedores encontrados às margens das rodovias, nesse período alguns indígenas chegam a faturar R$ 20,00 ao dia com a venda da fruta.
