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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Amambaiense participa de projeto inédito no combate à tuberculose

2018-06-26 08:42:00

Raquel Fernandes

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que afeta os pulmões e a cada ano são registrados novos casos no País. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, anualmente são registrados 70 mil casos de tuberculose, sendo 4,5 mil de vítimas fatais, no Brasil. A incidência da doença aumenta em grupos com maior vulnerabilidade, como é o caso dos presidiários, que segundo dados da Fiocruz, apresentam 28 vezes mais chances de adquirir a tuberculose.

Considerando esta realidade, a amambaiense e agente penitenciária, Carla C. Ribeiro da Silva, iniciou o seu projeto de mestrado nesta área. Formada em Fisioterapia, Carla passou a integrar um grupo de pesquisadores que busca um diagnóstico rápido e preciso para o controle da tuberculose nas prisões brasileiras. “O objetivo maior da pesquisa é encontrar o meio mais eficaz e rápido de diagnóstico e tratamento da doença levando em consideração o meio, neste caso, os presídios, que são locais de difícil acesso em saúde. A pesquisa é realizada com equipamentos modernos da mais alta tecnologia. ”, explica a mestranda.

O projeto que tem como tema “Identificação de estratégias de busca ativa de casos de tuberculose e rastreamento de contatos para controle da tuberculose nas prisões brasileiras é realizado por meio da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados)  e da Universidade de Stanford, nos EUA e é financiado pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz ). Os orientadores e coordenadores do projeto são os professores  Dr. Júlio Croda, da UFGD, Jason Andrews, de Stanford e Andrea Carbone.

Carla acrescenta que o estudo é inédito e o Brasil foi escolhido porque, além de ser o quarto país mais populoso do mundo e o maior da América Latina, tem uma população carcerária que cresce a cada ano e segundo dados do Ministério da Saúde 20% dos casos de tuberculose foram adquiridos dentro dos presídios, incluindo servidores e visitantes das penitenciárias.

O contágio ocorre pelo ar, através da tosse, espirro e fala da pessoa que está doente.

Como é realizado o projeto

De acordo com Carla Celina, os testes são realizados dentro de um container que foi instalado na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Os internos participam da pesquisa como voluntários e são examinados. “São realizados o exames de baciloscopia e cultura do escarro, Radiografia de Tórax, Gene Xpert Ultra, teste rápido para HIV, teste sorológico para HIV. Todos os casos diagnosticados de Tuberculose recebem tratamento e acompanhamento adequado”, explica.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Gene xpert aponta o resultado em duas horas, o que torna o diagnóstico mais ágil e conseqüentemente o tratamento pode ser iniciado, reduzindo os riscos à saúde do portador da doença.

 

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