2007-12-04 07:39:00
Sérgio da Luz
O dia 01 de dezembro é reservado como o “Dia Mundial de Combate à AIDS”. Em todo o Brasil diversas atividades marcaram a data. Já em Amambai a data passou “batida”; escolas, instituições e os próprios pacientes não se mobilizaram. Somente três faixas, espalhadas no município pela Secretaria de Saúde, marcaram a data. “Os nossos trabalhos são realizados periodicamente” explicou o secretário de Saúde, Pedro Humberto Alves Fernandes.
Em Amambai, conforme a Secretaria de Saúde, há cerca de 30 casos de pacientes com o soro positivo. Somente este ano, pelos menos, 4 pessoas morreram decorrente da doença e três novos casos foram registrados.
Programa de Combate à DST/AIDS – Em Amambai, o programa Municipal de DST/AIDS, coordenado pela enfermeira Lílian Mara B. Schmeing, é responsável pelo trabalho de prevenção e acompanhamento dos pacientes infectados com o vírus. Para os trabalhos de prevenção, o programa mantém periodicamente palestras em escolas e repassa informação às famílias, com o apoio do Programa de Saúde da Família (PSF). “Cada família, ou escola, é atendida pelo profissional que atua em sua região”, disse Lílian, explicando que assim o trabalho não sobrecarrega o programa e todos são atendidos.
Lílian destaca ainda, o trabalho de distribuição de camisinhas, realizado em todos os seis postos de saúde da rede municipal, além da Secretaria de Saúde.
Para as pessoas já infectadas, o programa realiza o trabalho de acompanhamento. Encaminhando, a cada três meses, para o SAE (Serviço Ambulatório Especializado)
Para os pacientes, a maior dificuldade ainda é a discriminação. Com a evolução da medicina, a doença, se tratada corretamente, não apresenta grandes efeitos. “A pessoa não poderá viver uma vida boêmia, terá que dormir cedo… a doença não faz o mesmo número de vítimas como antes”, disse Lílian.
Para as quatro vítimas fatais, registradas pelo programa este ano, teve como semelhança a negligência dos pacientes. Lílian conta que, entre os casos, está o de duas irmãs, 23 e 26 anos, que embora desconfiassem da presença do vírus, permaneceram por cerca de cinco anos, até procurarem ajuda e quando o fizeram, já era tarde. O terceiro caso foi de uma mulher que tomava os medicamentos, mas não se absteve do álcool. “Aí o remédio não fez efeito”, disse Lílian. O quarto caso foi de um homem, falecido há poucos meses no Paraná. Todas as pessoas registradas pelo programa recebem os medicamento de forma gratuita, dado pelo Ministério da Saúde; em contrapartida, a Prefeitura Municipal auxilia os pacientes nos transportes, levando-os até a cidade de Ponta Porã, a
As pessoas que desejarem realizar o exame de HIV podem procurar o laboratório e com a carteira de identidade em mãos, fazer gratuitamente o exame. O resultado é sigiloso, sendo encaminhado para a sede do programa, onde de lá é revelado. Para maiores informações, o programa disponibiliza o telefone 3481-2269.