2017-11-18 10:58:00
Vilson Nascimento
Uma chuva forte que caiu na manhã desse sábado, 18 de novembro, alagou ruas e provocou o transbordamento de rede de esgoto, em Amambai.
Por conta do volume de água, pontos que por anos sofrem com o mesmo tipo de problema, como o caso da Avenida Pedro Manvailler, na altura das lojas, Camarim e Regalos e da Pizzaria Sbarros e a Rua 7 de Setembro, região do Colégio CELQ, também voltaram a ficar alagados.
A mesma situação ocorreu mais uma vez, no cruzamento da Avenida Nicolau Otaño com a Rua Dom Pedro II, região da Panificadora Big Pão.
Por conta do volume de água, o esgoto também acabou transbordando pelos ralos do banheiro da panificadora que é um dos principais pontos de parada para quem se desloca de municípios da região de fronteira para Dourados e Campo Grande, e vice e versa.
A empresa enfrenta esse tipo de problema toda vez que chove forte na cidade, segundo os proprietários.
Questão de saúde pública
A chuva da manhã desse sábado (18) também voltou a revelar uma questão grave de saúde pública gerado por chuvas mais intensas em Amambai, que é o transbordamento de esgoto sanitário.
Em várias localidades, principalmente em pontos mais baixos da cidade, os esgotos, por onde passam dejetos oriundos dos banheiros de residências e estabelecimentos comerciais, voltaram a transbordar, exalando mau cheiro e espalhando dejetos nas ruas.
O problema, que é caso de saúde pública, já que fezes e outros tipos de dejetos acabam sendo levados pela enxurrada, indo a se espalhar por quintais, terrenos e pelas galerias de águas pluviais, é provocado pelos próprios moradores, segundo a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), responsável pelo abastecimento de água e a coleta do esgoto sanitário em Amambai.
Procurado pela reportagem do A Gazetanews o gerente local da Sanesul, Silvaney Félix, informou que a sobrecarga do sistema de esgoto que leva ao transbordamento em períodos de chuva mais intensa é provocado por ligações clandestinas à rede.
As ligações de calhas e dutos de água da chuva, que deveria ser despejada as galerias de águas pluviais, mas acabam indo para o esgoto, são feitas pelos próprios moradores.
Segundo Silvaney a empresa fiscaliza esse tipo de conduta, quando descoberta faz uma notificação estipulando prazo de quinze dias para o morador ou o comerciante resolver o problema e em caso de não solução, aplica-se uma multa.
Para o gerente as medidas administrativas, como a notificações e a aplicações de multas são paliativas e não é o caminho para dar fim ao problema.
Segundo Silvaney a principal forma de solucionar a questão, que gera problemas, tanto para a Sanesul como para a população, é as pessoas agirem conscientemente e não ligarem calhas ou coletores de água da chuva na rede de esgoto.