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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Palestra sobre Anemia Infecciosa Equina e Mormo foi realizada no SRA

2017-06-23 08:04:00

O Sindicato Rural de Amambai em parceria com o IAGRO realizou nessa quinta-feira (22) uma palestra com o tema: “Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo”. O palestrante e médico veterinário lotado em Educação Sanitária em Campo Grande Dr. Gelson Sandoval Junior explanou sobre as causas, sintomas e métodos de prevenção das duas principais enfermidades do Programa Nacional de Sanidade Equina, que são responsáveis por inúmeras mortes e prejuízos em criações de todo país.

Segundo o palestrante a ferramenta para combater essas enfermidades é basicamente a prevenção: “Infelizmente não existe tratamento e nem cura, quando o animal adoece, não existe outra medida a se tomar a não ser o sacrifício. Por isso a importância da informação, somente aqueles que têm conhecimento das formas de transmissão e sintomas é que poderão estar atentos para prevenir a AIE e o Mormo”. Informou o médico veterinário.

A anemia infecciosa equina é uma enfermidade viral, extremamente contagiosa e fatal que infecta a todos os equídeos (equinos, asininos e muares), de qualquer idade ou sexo.

A transmissão se dá através de picadas de insetos hematófagos, principalmente mutucas, além de agulhas, seringas, esporas, freios, arreios ou outros utensílios contaminados com sangue infectado. Outras formas de transmissão são através do sêmen e do leite. Em geral, não mata o cavalo rapidamente.

São três fases: aguda, crônica e assintomática. A aguda é quando o animal recebe o vírus. Depois, chega a fase crônica, onde ele apresenta inchaço nas partes baixas, na barriga, no peito. Ele melhora, volta a adoecer. Já a fase assintomática é quando o animal tem o vírus, mas não aparenta estar doente. As três fases levam a óbito.

Algumas medidas podem ser adotadas no controle da AIE, dentre elas podemos citar:

·         Uso de seringas e agulhas descartáveis (uma para cada animal);

·         Limpeza de todos os utensílios utilizados nos animais;

·         Isolamento dos animais positivos até a realização do sacrifício;

·         Sacrifício dos animais positivos à prova de diagnóstico, pois não existe até o momento tratamento ou vacina para esta doença;

·         Exame de diagnóstico para AIE todo equídeo que necessite transitar;

·         Realização de exame de diagnóstico para AIE para os animais adquiridos em leilões, feiras ou de outras propriedades.

O mormo (ou lamparão) é uma doença infectocontagiosa dos equídeos, causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispneia. O mormo não tem cura, não tem vacina e os animais que contraem a doença precisam ser sacrificados.

A contaminação pode se dar pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). A bactéria penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado. O mormo se apresenta de forma crônica ou aguda. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleína, sendo realizada e interpretada por um veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa doença é muito alta.

Em caso de mormo, o produtor deve realizar as seguintes medidas: notificação imediata à Defesa Sanitária; isolamento da área da infecção e isolamento dos animais suspeitos; sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova de maleína; cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles; desinfecção rigorosa dos alojamentos; suspensão das medidas profiláticas somente 120 dias após o último caso constatado.

 

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