2016-05-29 17:47:00
Vilson Nascimento
A equipe de plantão no 16º Subgrupamento do Corpo de Bombeiro teve baste trabalho na manhã desse domingo, 29 de maio, para ajudar famílias que tiveram quintais e casas alagadas pelas águas das chuvas na região da Vila Cristina, a vila mais populosa da cidade, em Amambai.
Os militares tiveram que fazer o emprego de uma auto bomba portátil para drenar a água que escoou das ruas para os quintais, vindo alagar várias casas do bairro.
O quintal da moradora Daniela Moreira, de 74 anos, ficou completamente alagado. Segundo a idosa, que mora só e reside no local há vinte anos, os problemas de alagamento em seu quintal são frequentes em período de chuva.
No quintal de Cláudio Marques e de seus vizinhos, além de alagar o quintal, a água das chuvas entrou dentro das casas molhando guarda-roupa, sofá e pertences das famílias.
Segundo Cláudio, o acúmulo de água das chuvas na região é comum durante chuvas intensas, mas a situação no local se agravou mais com a chegada do asfalto.
Segundo o morador, antes da obra de infraestrutura a água acumulada permanecia na rua. Com a chegada do asfalto, que veio para beneficiar toda a comunidade, como a pavimentação não conta com sistema de drenagem e acabou erguendo o leito da rua, sem ter para onde escorrer, a água acaba indo parar nos quintais e consequentemente se alastra para o interior das casas.
Segundo o Corpo de Bombeiros esse acúmulo de água gera dois tipos de problemas, um que é prejudicar a acessibilidade dos moradores e outro que é o risco de se contrair doenças por conta da exposição à agua, possivelmente contaminada.
Na região da Vila Cristina, onde residem diversas famílias em condições de vulnerabilidade socioeconômica, o lençol freático já é bastante elevado e a situação se agrava mais ainda em períodos chuvosos, já que a vila está sobre uma área plana e a água não tem para onde escoar.
Choveu de quinta-feira, dia 26 até a noite desse sábado, dia 28 de maio, em Amambai e, segundo a meteorologia, a chuva deve retornar nesta segunda-feira e perdurar até pelo menos a quarta, dia 1 de junho, na cidade e na região.
No vídeo trabalho dos bombeiros e drama vivido pelas famílias: